O
Twitter é uma
ferramenta de microblogging que permite a troca de mensagens, com até
140 caracteres. Provavelmente, você já leu esta definição em dezenas e
dezenas de artigos. Muitos deles ensinando como redigir o conteúdo a ser
compartilhado; outros questionando as funcionalidades desta rede
social.
A nova Educação, calcada principalmente nos elementos
humanos e na real troca de experiência, exige um planejamento preciso.
Dessa forma, um olhar crítico sobre os recursos tecnológicos disponíveis
deve ser uma prática permanente. Portanto, entender as funcionalidades e
sua essência é requisito básico. Caso contrário, não se tem eficácia.
Parece óbvio, mas poucos fazem desta forma!
Na maioria das
vezes, no Twitter, mensagens sem propósitos povoam as páginas; usuários
seguem outros sem qualquer critério; e links são postados sem
acrescentar conteúdo. Na área de Educação, por exemplo, é comum lermos
mensagens questionando a qualidade do ensino ("O ensino no Brasil tem
qualidade?") ou defendendo a sua importância ("Educação é fundamental").
Mas poucas apresentam soluções ou caminhos a serem seguidos para obter
resultados significativos. Talvez isso ocorra porque poucos conhecem a
verdadeira utilidade das ferramentas sociais: propagar discussões e, ao
mesmo tempo, oferecer elementos para o aprimoramento contínuo.
Neste contexto, as poucas ações sérias e de qualidade merecem destaque. O
Colégio Bandeirantes,
por exemplo, utiliza o Twitter para divulgar informações dos
departamentos, curiosidades e convites. Com mais de 500 seguidores, o
@colband, além de noticiar informações institucionais, segue
especialistas e repassa para os alunos as últimas tendências.
Com
uma proposta clara ("o nosso propósito de formação integrada valoriza o
desenvolvimento de potencialidades intelectuais e afetivas dos nossos
alunos"), o Twitter do Colégio Bandeirantes foi estruturado após muito
planejamento e é decorrência de uma ampla pesquisa da instituição para a
escolha do conteúdo a ser propagado. O resultado: alunos seguem,
propagam as informações divulgadas pelo @colband e têm a oportunidade de
enviar mensagens diretas para o Twitter, tirando dúvidas e fazendo
considerações.
Outras instituições de ensino também estão se
relacionando de forma efetiva no Twitter - embora com mais timidez do
que o @colband:
Parthenon (@tparthenon), com 157 seguidores;
Bilac (@colegiobilac), com 90 seguidores; e
Dante Alighieri (@colegiodante), com 270 seguidores.
No
Brasil, essa revolução deve demorar para acontecer. Por aqui, começou,
recentemente, o debate de estudos antigos, como, por exemplo, o "
Can we use Twitter for educational activities?"
("Podemos usar o Twitter para atividades educacionais?", em português).
Detalhe: o documento foi lançado pelas pesquisadoras Gabriela Grosseck e
Carmen Holotescu em 2008, atestando, de certa forma, a falta de
agilidade brasileira.
O estudo defende, por exemplo, a
necessidade de se twittar dentro das salas de aulas, promovendo a rápida
discussão de temas, e reforça a necessidade do Twitter ser utilizado
como ferramenta educacional. Outras dicas interessantes:
compartilhamento de vídeos de aprendizagem; reenvio de tweets
interessantes e divulgação de mensagens com os links do site, blog ou
podcast da instituição de ensino.
Não esqueça: faça enquetes,
abra discussões, troque experiências com os alunos e aproveite a
oportunidade para despertar o senso crítico e o poder de síntese dos
discentes - uma das competências mais privilegiadas hoje no mercado de
trabalho.
Mais importante do que divulgar informações é fazer
com que a mensagem seja compreendida de forma clara, simples e
sintética!
E por falar em Twitter, o NTM tem um perfil muito interessante no microblog! Siga-nos!